domingo, 11 de dezembro de 2011

Economia

A atividade turística no Brasil hoje representa uma grande fonte econômica para o país. Para realizarmos estudos sobre a economia do turismo é necessário que estudemos informações relacionadas a atividades turísticas como o que é produzido para esta atividade (oferta) de bens de serviço, os gastos das pessoas (demanda) com a atividade e o que tudo isso gera como empregos e desenvolvimento local.

Nas redondezas do parque, vemos que existem comércios que podem ser beneficiados economicamente devido à existência do mesmo nas proximidades. Podem até mesmo utilizar o parque como uma oferta (atrativo) para atrair uma demanda. Um exemplo claro disto é o Hotel Blue Tree Towers Anália Franco localizado na Rua Eleonora Cintra nº 960, que utiliza o parque como atrativo para seus hospedes.

Os demais comércios são restaurantes, padarias, farmácias, lojas de roupas e salões de beleza, todos esses podem ajudar a divulgação do parque através do contato direto com seus clientes. A população local pode ainda, caso queiram o desenvolvimento local, se mobilizar para que a região cresça e tenha um melhor desenvolvimento econômico. O lugar poderá ser valorizado, pois os preços dos imóveis aumentarão, a qualidade de vida será melhor e assim o desenvolvimento ocorrerá de forma progressiva.

A economia do turismo está fortemente relacionada à “Ciência da Escassez”, pois a atividade turística só acontece por desejo humano, ou seja, necessidade humana relacionada com os recursos produtivos, aqueles que promovem estes desejos. Porem estes recursos precisam ser controlados para que não sejam destruídos ou prejudicados devido a grande procura.
No projeto isso não seria diferente. Pensamos em atividades onde será controlada a quantidade de pessoas para que o lugar escolhido não seja prejudicado. Em diversos parques do estado de São Paulo há um limite de visitas por se tratarem de uma APA (Área de Proteção Ambiental). Como o parque não possui, mas queremos que sejam atividades sustentáveis decidimos trabalhar com materiais recicláveis, assim todos podem participar tanto classe A e B quanto C e D, e ainda estimulamos a visitação ao parque.

Ações do Projeto

Pegada Sustentável
A ideia do nome do projeto surgiu após uma discussão sobre as atividades que seriam propostas no parque. Como o tema é sustentabilidade e haverá caminhada e diversas atividades a Eco Treeps acredita que a palavra “pegada” pode ser definida ou pensada de diferentes formas pelo público. Exemplos: “pegada” - gíria (modo de falar dos paulistas): algo que vai acontecer, algo muito bom e marcante ou “pegada” de chegada de algo bom, quando pensamos “Qual é a pegada?” nada mais é do que “O que está acontecendo?”, isso pode despertar o interesse do público. E a palavra “sustentável” por se tratar de algo relacionado à sustentabilidade, reciclagem, reutilização. O logo do trabalho deixa claramente a ideia de um mundo mais verde/sustentável e melhor para todos nós, como mostra a figura abaixo:



Atividades para ajudar nosso planeta
O tema sustentabilidade é um pouco complexo. Para muitos é apenas reutilizar algo e manter o que existe em bom estado para gerações futuras. Porém a sustentabilidade não é só isso. Ela pode ainda ser considerada algo impossível para existir nos dias de hoje. Seu conceito geral sugere ainda a manutenção quantitativa e qualitativa do estoque de recursos ambientais (AFONSO, 2006), ou seja, ela preocupa-se com a qualidade e a quantidade de todos os recursos ambientais existentes. Para facilitar o entendimento do público desse conceito, a Eco Treeps chegou a conclusão que a melhor maneira didática de fazer isso seria promover atividades que envolvam materiais que podem se tornar qualquer outro de maneira sustentável. Ao promover essas atividades também trabalharemos com as segmentações de eventos e ecoturismo dentro do parque, através de gincanas para crianças, caminhadas para todas as idades e até mesmo para as crianças menores através de atividades que envolvam a criação de um brinquedo sustentável.

Características Gerais da Atividade
Os visitantes e frequentadores do parque irão adquirir conhecimentos gerais através de atividades como:
  • Construindo seu brinquedo reciclado: Atividade destinada a crianças de 08 a 12 anos.
§  Descrição da atividade: As crianças ficarão no salão do parque e serão monitoradas por alunos do curso de pedagogia. Dentro desta atividade as crianças terão à disposição giz, lápis, papel reciclado, cola, guache, garrafas pet, tapinhas, brinquedos, entre outros;

  • Caminhada do Bem-Estar: Atividade destinada a todas as idades.
§  Descrição da atividade: Caminhada pelo parque após uma prática de exercícios com alongamento promovido pelos estudantes de educação física. Essa ação foi pensada de forma adequada com a consulta as seguintes NBR’s:
v  ABNT NBR 15285 – Turismo de Aventura – Condutores – Competências de pessoal;
v  ABNT NBR 15331 – Turismo de Aventura – Sistema de gestão da segurança – Requisitos;
v  ABNT NBR 15286 – Turismo de Aventura – Informações Mínimas preliminares a clientes;
v  ABNT NBR 15500 – Turismo de Aventura – Terminologia.
Normas específicas para competência de pessoal
v ABNT NBR 15505-1 – Turismo com atividade de caminhada – Parte 1: Requisitos para produto;
Normas de requisitos para classificação de nível de dificuldade em percursos
v ABNT NBR 15505-2 Turismo com atividades de caminhada 0 Parte 2: Classificação de percursos.

  • Recolhimento de pilhas e baterias: Público em geral
§  Descrição da atividade: Serão colocadas no parque lixeiras especificas para o descarte desses materiais. Após o recolhimento esses descartes serão levados para a empresa Tetra Pak onde serão reciclados.
  • Gincana do Meio Ambiente: Atividade destinada ao público de 10 a 15 anos.
v  Descrição da atividade: Será montado um circuito com algumas provas, no final o time que tiver o melhor desempenho ganhará um prémio surpresa. As provas serão: Corrida de carrinho de papelão; Corrida entre pneus; Tiro ao alvo com latinhas e boliche de Garrafas pet;

A divulgação será feita no próprio parque onde será montado um pequeno stand onde ficarão os alunos que receberão os participantes. Os monitores de cada atividade serão escolhidos conforme inscrição realizada no site do portal do aluno no item AACC. Caberá aos coordenadores de cada curso o controle de frequência de cada aluno mediante relatórios e fotografias das atividades.

Capacidade de Carga

No decorrer deste capitulo será discutido o que é a Capacidade de Carga e como a trabalharemos dentro do Parque Esportivo dos Trabalhadores durante as atividades que ocorreram mensalmente no mesmo. Para isto é necessário compreender um pouco a respeito de turismo sustentável e sua importância para a população mundial e para a natureza.
Em seguida, nos itens subsequentes abordaremos a Capacidade de Carga e a importância de seu estudo, direcionando a análise do parque e, depois lidaremos com o estudo de Mapeamento Espacial, trazendo o nosso objeto de estudo (PET) para a discussão do tema.
SUSTENTABILIDADE E TURISMO SUSTENTÁVEL
De acordo com André Trigueiro (2005) o termo sustentabilidade foi introduzido no inicio da década de 1980 por Lester Brown, definindo comunidade sustentável como aquela capaz de suprir as próprias necessidades sem comprometer as que viram coma as gerações futuras. Manzini e Vezzoli descrevem em sustentabilidade ambiental como:
“O conceito de sustentabilidade ambiental refere-se às condições sistêmicas segundo as quais, em nível regional e planetário, as atividades humanas não devem interferir nos ciclos naturais em que se baseia tudo o que a resiliência do planeta permite e, ao mesmo tempo, não devem empobrecer seu capital natural, que será transmitido às gerações futuras.”
(Manzini e Vezzoli, 2005)

Analisando estas definições podemos entender que o termo sustentabilidade traz em seu nome o valor e o peso da importância e da necessidade de proteger recursos naturais e ambientais, garantindo assim um desenvolvimento saudável a todos os seres e ambientes e comunidades locais – cidades e destinos turísticos – que recebem o turismo.
Este mesmo termo surgiu do reconhecimento de que o planeta não suportará o grande crescimento mundial que vem ocorrendo. Crescimentos estes que podem ser populacionais e urbanos, ou seja, maior numero de nascimentos do que antigamente, construção de novas moradias e novas indústrias, o que nos leva ao desmatamento e ocupação de maiores espaços físicos.
CAPACIDADE DE CARGA E SEU ESTUDO DENTRO DO PARQUE ESPORTIVO DOS TRABALHADORES
“O desenvolvimento de planos locais, regionais ou nacionais que incorporem ou sejam voltados ao turismo é um passo inicial e fundamental para o desenvolvimento sustentável” (OMT, p.176). Este trecho nos dá a ideia de necessidade de um planejamento na ocupação de uma área para atividade turística e de lazer para um desenvolvimento sustentável e saudável da região que o espaço está localizado.
Para tratar desta necessidade existe o estudo de Capacidade de Carga do local, onde se deve analisar quais os pontos mais adequados para o desenvolvimento de qualquer atividade em momentos pré-determinados. Para isso é necessário traçar um plano que aplique normas e controle do volume de visitantes por dia e por área, evitando assim um sobre carregamento para a área. Como visto em aula o controle de visitantes deve ser determinado após um estudo da área em questão para que se evitem transtornos para o ambiente natural, como perturbação e assoreamento do solo.
Com relação ao Parque Esportivo dos Trabalhadores o controle de visitantes deve ser feito para que não ocorra lotação no parque, causando uma insatisfação aos visitantes e para a não perturbação dos pássaros que vivem no parque.
Antes de planejar um evento ou qualquer atividade monitorada dentro de qualquer ambiente é imprescindível a análise do espaço físico e assim determinar as atividades cabíveis no mesmo, aproveitando ao máximo as instalações e os recursos já existentes. No caso do PET realizamos visitas para analisarmos o espaço e suas instalações, bem como os recursos naturais do mesmo, para podermos determinar o melhor modo de promover a sustentabilidade e integração das pessoas com a natureza sem maiores alterações. 

Gestão de segurança

Hoje em dia vemos que a quantidade de demanda para o turismo de aventura e ecoturismo pode superar em determinados destinos outras segmentações mais comuns como lazer, compras, entre outras.

Com esse crescimento surge também a preocupação com a segurança, pois estas pessoas esperam sentir o medo, mas não ter problemas futuros por causa desses momentos de aventura. Devido a isso as empresas que promovem tais atividades devem sempre possuir materiais seguros, pensar em cada atividade antes de ser aplicada levantar os riscos, contratar profissionais qualificados, e ter em mente sempre que antes de tudo, que o cliente final deve estar ciente do que pode acontecer a ele.

No PET trabalharemos com atividades que podem trazer riscos, como qualquer uma outra atividade de aventura, que devem ser informados aos participantes para garantir a segurança de todos.

Mapeamento De Riscos

Neste ponto, apresentaremos todos os riscos possíveis previstos para a aplicação deste projeto Os perigos apresentados a cada atividade serão descritos a seguir:

  • Construindo seu brinquedo reciclado: Esta atividade é destinada a crianças de 08 a 12 anos. Por isso o cuidado com o que será aplicado deverá ser redobrado. A utilização de material cortante será manuseado apenas pelos instrutores. Com os outros materiais como giz de cera, lápis de cor, cola, guache, entre outros todos serão não tóxicos. Mesmo assim alguns riscos podem ser apontados:
ü  A criança pode se furar com o lápis;
ü  Machucar outra criança com os objetos;
ü  Levar a boca: cola, guache, e outros líquidos;

  • Caminhada do Bem-Estar: Esta atividade é destinada a todas as todos maiores de 12 anos. Os ricos que ela pode apresentar são os seguintes:
ü Queda;
ü Ser picado por algum inseto;
ü queda da própria altura durante caminhada
ü escorregão durante caminhada
ü tropeção durante caminhada
ü queda de barranco ou de áreas muito expostas durante caminhada
ü queda em buracos
ü queda em terrenos muito inclinados
ü mal súbito
ü exposição excessiva ao calor
ü  ausência de água para consumo/desidratação
ü  ausência de alimentação para consumo
ü ser atingido por queda de galhos
ü contato com plantas urticantes
ü ataque de abelhas ou insetos do gênero
ü ataque de aranhas
ü ataque de insetos
ü  uso inadequado da mochila
ü uso de calçado não apropriado para as características da atividade
ü ritmo de caminhada acima do desejado para as características do grupo
ü ataque de animais doméstico
ü violência de humanos
ü engasgar com alimentos
ü uso incorreto de utensílios de corte como faca, canivete, facão etc.
ü ingestão de medicamentos sem conhecimento de contra indicações
ü realizar esforço físico acima dos níveis de condicionamento físico 
ü assalto
  • Recolhimento de pilhas e baterias: Esta atividade não representa risco nem gera risco a nenhuma pessoa.

  • Gincana do Meio Ambiente: Esta atividade é destinada ao público de 10 a 15 anos. Por ser uma gincana ela pode trazer riscos devido às propostas realizadas como corrida de carro de papelão, tiro ao alvo com latas, boliche de garrafas, entre outros. Os riscos são:
ü Quedas;
ü Machucados externos como: cortes, feridas, entre outros.

ü Queda

ü Escorregão

ü Tropeção

ü Mal súbito

ü Exposição excessiva ao calor

ü  Ataque de abelhas ou insetos do gênero

ü Ataque de aranhas

ü Ataque de insetos

ü Violência de humanos

ü Engasgar com alimentos

ü Uso incorreto de utensílios de corte como faca, canivete, facão etc.

Com base nos resultados de avaliação de riscos, conforme estabelecido na ABNT NBR 15331 deve ser elaborado um plano de procedimento para atendimento emergencial para atender possíveis incidentes e evitar maiores problemas como um atendimento de primeiros socorros e estrutura para remoção dos clientes e condutores em casos de emergência.

Desta forma, garantindo um melhor aproveitamento das atividades e segurança de todos os participantes. 



Legislação para Parques Públicos

Para um projeto ser desenvolvido e efetivamente aplicado, os organizadores antes devem saber se determinado lugar pode receber este projeto e quais as leis que se aplicam para que o espaço o receba. Quando trabalhamos com um lugar público, como um parque, por exemplo, devemos antes de tudo verificar as leis sobre os parques públicos e então nos basear nelas para verificar se podemos ou não aplicar determinadas atividades. Abaixo abordaremos quais leis nos ajudaram e auxiliaram na construção do projeto: Pegada Sustentável.
                                                                        
Aplicações das Leis na Pegada Sustentável

A normalização, no caso do segmento, é uma maneira de definir e organizar as atividades de aventura ditas turísticas, com intuito de promover a qualidade dos serviços, equipamentos e produtos.
Para que a qualidade da atividade proposta no parque seja efetiva, é necessário estar de acordo com algumas leis ambientais como, por exemplo, as citadas abaixo:
Lei no 4.771/1965 Que trata do código florestal e todas as formas de vegetação, que são bens de interesse comum a todos os habitantes do país. Como consta o artigo:
“Artigo 3º - Consideram-se ainda, de preservação permanentes, quando assim declaradas por ato do Poder
Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas:
a) a atenuar a erosão das terras;
b) a fixar as dunas;
c) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
d) a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares;
e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;
f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção;
g) a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas;
h) a assegurar condições de bem-estar público”
 Esta lei se aplica na efetiva parte de sustentabilidade e preservação do lugar onde vivemos e visitamos, tratando diretamente do parque em que realizaremos a atividade é mais significativo devido a pouca área verde no bairro.

Já a Lei no 6.938/1981 trata da Política nacional do meio ambiente mais voltado a preservação, poluição, recursos ambientais, e degradação do meio ambiente. Como consta nos artigos 2º e 3º citados abaixo
“Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos
os seguintes princípios: 
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um
patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; 
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; 
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; 
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; 
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos
recursos ambientais; 
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
VIII - recuperação de áreas degradadas; (Regulamentado pelo Decreto 97.632, de 10 de abril de 1989)
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando
capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente

Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente;
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a “biota”
Para evitar estes e demais problemas que ocorrem devido a má consciência do ser humano freqüentador do parque, a Lei no 9.795/1999 Dispõe da educação ambiental para todos os interessados no assunto que se auto explica nos artigos a seguir:
  Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
        Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
Art. 4o São princípios básicos da educação ambiental:
        I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
        II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
        III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;
        IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
        V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
        VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
        VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;
        VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
        Art. 5o São objetivos fundamentais da educação ambiental:
        I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
        II - a garantia de democratização das informações ambientais;
        III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;
        IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;
        V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
        VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;
        VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.

Em todos os parques públicos devem obedecer determinadas legislações para que estejam de portas abertas são elas Lei n.º 11.987 “ Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação nos parques do Município de São Paulo, de pelo menos um brinquedo destinado para crianças portadoras de doenças mentais, ou deficiência física, e dá outras providências  descritos nos artigos:

Art. 1º - Todos os parques de diversões localizados no Município de São Paulo ficam obrigados a instalar pelo menos um brinquedo destinado às crianças portadoras de doenças mentais ou deficiência física.
Parágrafo único. Os brinquedos mencionados no artigo 1º deverão ser criados por pessoal capacitado, que adequará o brinquedo à criança portadora dos problemas acima citados.

Art. 2º - Os parques de diversões terão prazo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da data da publicação desta Lei para o seu cumprimento.
Art. 3º - O descumprimento dos dispositvos desta Lei implicará ao infrator imposição de multa no valor de 30 (trinta) UFMs (Unidades Fiscais do Município), sendo que em caso de reincidência o valor da multa duplicará.
Art. 4º - As despesas com a execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário                                                         

Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
No parque já existe uma área destinada a crianças, mas pensando na atividade proposta para aplicação pela empresa Eco Treeps, há a preocupação com um espaço destinado a crianças para que seus pais possam participar efetivamente das atividades. Sem excluir crianças portadoras de deficiência física ou mental, como forma de aproximação, convivência, hospitalidade e não exclusão das mesmas. 
Já a lei LEI Nº 11.445 trata de saneamento básico, água potável, esgotamento sanitário necessários para recebimento das pessoas no parque.Saneamento básico, é necessário para a abertura do parque,não estando em ordem pode transmitir doenças, alem do mal cheiro e da perda de consumidores do local.
No DECRETO Nº 5.940, trata da separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis são reguladas pelas disposições deste Decreto. Pensando na proposta do grupo de coleta solidaria, por voluntariedade dos participantes da atividade de arrecadar materiais recicláveis, para doação e arrecadação de fundos.
Todas as leis e decretos citados acima são aplicados no parque e direcionados as atividades ali realizadas, com o intuito de garantir um padrão e bom funcionamento do que está sendo oferecido, também visando a segurança dos frequentadores e preservação da área utilizada.

Tratando-se de áreas naturais as leis são rígidas referente à proteção e conservação do espaço, ao unir essas leis as normas de turismo que visam o bem-estar e lazer da demanda, o resultado é a realização de atividades que não agridem o espaço utilizado e garantem o entretenimento dos frequentadores. Em especial as atividades propostas também promovem a interação entre o frequentador e o parque, e a conscientização sobre preservação de áreas naturais no meio da cidade de São Paulo, Como por exemplo a Caminhada do Bem estar proposta e também a Gincana do Meio Ambiente, mais voltada para o publico infantil, conscientizando-os de uma maneira de fácil entendimento. 

Impactos das Atividades Turísticas

Os impactos no turismo são de diferentes origens e definições. Temos os econômicos, os socioculturais e os ambientais ou, como alguns estudiosos definem, os impactos físicos. Estes impactos normalmente estão sempre interligados devido à ação turística abranger toda uma estrutura física de uma sociedade. Sociedade a qual já possui características culturais e sociais arraigadas em seu cotidiano.
Impactos Econômicos
Um dos fatores do desenvolvimento de um país e a economia que ajuda no crescimento e na geração de emprego, mas a economia tem sua vantagem e desvantagem. Podemos considerar o turismo um produto ou serviço que é consumido de várias maneiras pelos turistas como hospedagem, agenciamento, destinação turística, entre outros.

EFEITOS MULTIPLICADORES E IMPACTOS NEGATIVOS
EFEITO MULTIPLICA-DOR
PET
IMPACTOS NEGATIVOS
PET
Geração de emprego
Oportunidade de emprego para as pessoas
Verba da prefeitura
Má utilização e desperdício dos materiais e do dinheiro fornecido para investimento e manutenção do parque
Atividade turística
Melhores condições de vida através do aumento de renda
A mudança de preços e tendências prejudica a manda turística
A sazonalidade faz com que altere a demanda nas datas por terem baixa renda
Manutenção e conservação da infraestrutura
Valorização do parque e da região aumentando a demanda de visitantes
Taxa cobrada das quadras e piscinas
Manutenção e conservação da infraestrutura
Implantação de novas atividades no Parque
Divulgação dessas atividades despertando interesse maior para o Parque.
O parque está localizado em um lugar  onde há pessoas de alta classe.
Dependendo da atividade proposta pode atrair certos tipos de pessoas que desagradem os moradores, fora os assaltos que podem ocorrer e como isso pode impactar nos comércios ao redor.

Impactos Sociais
Ainda de acordo com a OMT (2003), os impactos sociais são aqueles que estão ligados as mudanças e transformações nas estruturas locais e vidas de uma sociedade e comunidade. Mudanças estas que são subsequentes as ações de atividades turísticas que se dão através de contato direto entre os residentes locais e os visitantes.
Impactos Culturais
Os impactos culturais estão mais ligados a alterações na cultura local, que diferem entre arte, costumes, rituais, arquiteturas e vida cotidiana de toda a comunidade anfitriã. De acordo cm a OMT (2003), estes impactos ocorrem de modo gradual, gerando maior desenvolvimento turístico na região.
Definição de Impactos Socioculturais
De acordo com a OMT (2003) “o termo impactos socioculturais é utilizado para referir-se a mudanças nas experiências no dia-a-dia dos residentes, bem como em seus valores, estilo de vida e produtos intelectuais e artísticos”. Sendo assim, estes tipos de impactos ocorrem de forma a alterar e modificar o modo de vida de uma sociedade ou comunidade.
Obviamente estes impactos podem ser positivos, que nesse projeto chamamos de efeitos multiplicadores e negativos dentro do contexto do turismo, principalmente quando relacionados com a gestão da atividade e o ponto de vista das pessoas envolvidas e afetadas por essas mudanças. Por exemplo: uma atividade de origem cultural de muitos anos dentro de uma comunidade pode ser incrementada e modificada para atrair e agradar turistas, consequentemente gerar lucros e rentabilidade para a comunidade. Porém esta atividade também pode gerar desconforto por parte da mesma comunidade, que pode não aceitar esta integração e ver o envolvimento do planejamento turístico como uma invasão da cultura local. Pode ocorrer também a diferença de culturas e tradições entre a comunidade local e o visitante, podendo gerar desconforto devido estas peculiaridades.
Para alguns residentes mais conservadores a aceitação de turistas pode ser ofensiva a cultura e tradição da comunidade, quando esta muito antiga. Já para aqueles mais jovens ou “mentes abertas”, o turista pode ser visto como uma oportunidade de crescimento econômico e social, com a inclusão de novos fatores culturais.
Fatores Associados Com a Atividade Turística
Impactos Positivos
Impactos Negativos
O uso da cultura e/cotidiano local como atração turística
Revitalização das atividades tradicionais e acréscimo outras vindas de comunidades distintas
Mudança nas atividades tradicionais, podendo ser considerada invasão da privacidade.
Contatos diretos entre turistas e moradores
Ruptura dos estereótipos negativos. Aumento das oportunidades sociais.
Aumento da economia local.
Desenvolvimento de infra-estruturas
Aumento das oportunidades de lazer por parte de outras comunidades. Acréscimo de outras atividades de lazer.
Perda de espaço às atividades de recreio e lazer antes de uso frequente apenas por residentes locais
 Os Impactos Ambientais Dentro do Projeto Pegada Sustentável
Como dito anteriormente todo e qualquer tipo de impacto pode ter seu aspecto positivo ou negativo. Os impactos ambientais não fogem a regra.
No Parque Esportivo dos Trabalhadores estes impactos que podem ser causados pelo projeto Pegada Sustentável possuem ambos os lados como podemos observar na tabela a seguir:
AÇÃO
EFEITO MULTIPLICADOR
IMPACTOS NEGATIVOS
Divulgação do Projeto
Preservação ambiental e de patrimônios da região e do Parque
Se não gerenciado, poluição da área verde do parque e da região
Maior número de visitantes
Maior interesse público na área
Superlotação se não trabalhado o espaço corretamente
Aumento da recreação
Mais lazer para o tempo de ócio dos moradores
Perturbação  devido a possível poluição sonora e ambiental causada pelo maior numero de pessoas ao mesmo tempo